Saiba como criar temas filhos (child-theme) para o WordPress, um recurso importantíssimo que pode evitar dores e cabeça e reprogramação.
O processo de criação é bem simples e vamos explorá-lo nas linhas abaixo, vamos lá.
Imaginem duas situações:
- Você está criando um site em WordPress e utilizando um dos milhares de temas pagos ou gratuitos (muito cuidado com temas pagos-gratuitos, se é que me entende…). Até aí tudo bem, certo? Você mexe no style.css, functions.php e até no index.php e outros arquivos de páginas. O site está rodando do jeito que você quer: perfeito! Aí seu cliente clica em “atualizar” e BOOM! perdeu tudo. Todo o seu trabalho foi apagado!!
- Você tem uma rede de sites/blogs numa instalação Multisite e não quer todos os blogs iguais: vai criar um tema para cada site? Nossa… podem ser o que? 1000 temas?
Solução
Há várias soluções para esses problemas, mas entre elas a mais anti-gambiarra elegante é a utilização de um recurso do WordPress muito legal chamado Child Theme ou Tema Filho.
Um Child Theme (prefiro usar os termos em inglês para me acostumar na consulta do Codex) é um tema derivado. Ele “sobrescreve” um outro tema, ou seja, você não vai ativar o pai, mas sim o filho, no menu Aparência >> Temas.
Vamos praticar:
1º Passo: Crie uma pasta no seu diretório de temas para guardar seu Child Theme, o Codex do WordPress e eu =D, aconselhamos que o nome seja nomedotema-child.
Por exemplo:
Vamos criar um Child Theme para o tema padrão do WP: Twenty Fourteen.
2º Passo: Quais são os arquivos básicos de um tema? O styles.css e o index.php! Como um Child Theme utiliza os arquivos do Tema Pai, o index.php é dispensável, então o 2º passo é criar o único arquivo obrigatório: o style.css:
/*
Theme Name: Twenty Fourteen Child
Theme URI: http://wordpress.org/themes/fourteen
Description: Esse é um Child Theme!
Author: Mário Valney
Author URI: http://mariovalney.com
Template: twentyfourteen
Version: 1.0.0
*/
Se você já criou um tema ou já fuçou algum tema, sabe que esse comentário no início do arquivo style.css é obrigatório e responsável pelas informações do tema. A única diferença desse para o do Tema Pai é a linha “Template”. É nessa linha que escrevemos o nome do tema o qual o Child Theme será subordinado (é o mesmo nome na linha “Text Domain” do Tema Pai).
3ª Passo: Agora você só precisa ativar o Tema Filho e ser feliz =D
Como modificar seu tema
Agora que você já criou e ativou o seu Child Theme, vai perceber que o seu site perdeu o estilo (com perdão do trocadilho). Isso acontece, porque todos os arquivos do Tema Pai, com exceção do functions.php, são sobrescritos, se houver um arquivo de mesmo nome no Tema Filho.
Como existe um style.css no Child Theme, o original é descartado, por isso, se quisermos utilizá-lo, devemos acrescentar uma linha:
@import url("../twentyfourteen/style.css");
Isso irá importar o arquivo do Tema Pai e assim o site vai voltar exatamente ao que é, se o Tema Pai estiver ativado.
Para todos os outros arquivos, basta criar um arquivo de mesmo nome e ele será chamado no lugar do correspondente no Tema Pai.
Quando usar?
Se os motivos de criar um Child Theme, no lugar de modificar os arquivos de um Tema, não ficaram claros, aqui vai uma lista:
- Se você modificar um Tema e ele for atualizado, você perde todas as modificações. Usando um Child Theme o Tema Pai pode ser atualizado sem problemas (isso é um ganho de segurança e de possíveis melhorias).
- Agiliza seu tempo de desenvolvimento.
- Não há modo melhor de iniciar no estudo da criação de Temas para WordPress.
Voltando aos problemas do início do artigo, recomendei o uso desse recurso para a rede de sites, pois assim será possível criar um Tema Pai para a rede e um Tema Filho para cada blog/site. Afinal, criar uma pasta e um style.css, é o mínimo de trabalho que se espera ao querer que cada site seja diferente, né?
Além disso, você poderá mudar as funcionalidades de todos os sites ao mesmo tempo, alterando o Tema Pai. Ou mudar algo em algum site, alterando apenas o Tema Filho correspondente.
E é isso! Espero que tenham gostado e que achem útil. Afinal, ignorar recursos como este é querer não ser um Ninja do WordPress.
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Via: MarioValney
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This post was last modified on 1 de maio de 2018 15:24